Entrevista – Tadeu Patolla

CANAL 013(4)

Salve Família!
O papo de hoje é com “nosso amigo, produtor e tudo o mais”, como diria Chorão. Conversamos com Tadeu Patolla, que nos contou como descobriu a banda, sobre sua trajetória na música, sobre o Acústico MTV, sobre a separação do CBJR em 2005 e muito mais!
Um bate papo muito completo, confiram:

– Como começou seu envolvimento com a música, até virar produtor?
TP: Desde criança soube que se eu não fosse piloto de corrida, seria musico. Na infancia e adolescencia corria de kart, meu pai era da industria automobilistica e envolvido com corridas. Cheguei a participar e algumas corridas de Fórmula V , ao mesmo tempo estudei música e violão de 7 cordas no Clam, escola de musica do Zimbo Trio que acompanhava a Elis Regina. Mas um dia capotei o carro em uma corrida e minha mae disse a mim e a meu pai, que era meu chefe de equipe: “Ou vocês param com isso ou eu saio de casa!”
Aí fui obrigado a desistir do automobilismo e me dediquei mais a musica. Sempre fui intuitivamente musico..estudei musica no Clam por 5 anos, era um aluno muito aplicado, sei tudo de campo harmonico, tenho um ouvido muito bom, modéstia a parte, mas eu era rebelde! Meu professor, o grande Luiz Chaves, baixista do Zimbo Trio, pegava no meu pé por eu trazer as músicas todas tiradas de ouvido e nao lidas na partitura como ele queria e ainda com a digitaçao toda incorreta. Usava o dedo errado no violao de 7 cordas pra fazer as baixarias e acordes nas musicas que ele me passava: Ernesto Nazaret, Pixinguinha, Vila Lobos, etc… eu dizia pra ele: “Olha o tamanho da sua mao e olha a minha! Seu dedo mindinho é maior que o meu dedo medio, caralho! Não nao alcanço!” Mas o som saia perfeito, ele ficava puto e pegava pesado comigo.
De saco cheio disso, saí do conservatório, vendi o violao de 7 e comprei minha primeira guitarra com 17 anos, uma Fender Stratocaster 72 e fui tocar em casa com o Jimi Hendrix… no vinil, é claro! Esses dois me ensinaram muito…. o Jimi e o Luiz Chaves!
Eu era (e sou!) vidrado em Beatles, Stones, Yes, Deep purple, James Brown e muito Frank Zappa. Ao mesmo tempo, gostava de ouvir coisas feitas por grandes produtores pop da epoca como Quincy Jones e George Martin, ouvia muita disco music e rock ao mesmo tempo. Me ligava nos arranjos, na maneira que os caras da Motown gravavam. A atmosfera dos timbres, desde naipe de metais, violinos, guitarras, groove de baixo e batera… achava foda como tudo isso agia nas musicas que ouvia no fone de ouvido sempre! Vivia de fone na orelha! (risos)
Em 1981 formei minha primeira banda e varias outras que nunca deram certo (risos). Em 84 gravei meu primeiro disco por uma gravadora, a CBS, com a banda Telex, conteporanea do RPM, emplacando um hit nas radios,que se chamava “Chá de Lirio”. A música foi censurada e trocamos o refrao por “só delírio”, ficou uma bosta, chá de lírio era mais legal!
Formei o Lagoa 66 em 1986 e eu ja era um “produtor”, montei meu primeiro estúdio de gravaçao, fazia muita demo de gente desconhecida e aproveitava pra exercitar meus dotes de pseudo produtor musical, desde a parte técnica ate a parte artistica!
Acho que um produtor musical deve ter muito conhecimento dessas duas coisas e se ele for musico, melhor ainda! Aí sim ele tem o controle e propriedade pra opinar, argumentar com criterio. Assim fica clara a confiança que o artista deposita nele e na sua liderança dentro do estúdio!
Em 89, produzi o disco da banda “Skowa e a Mafia”, o disco se chamava “La Famiglia” (ironico nao?) pela Emi Odeon que rendeu o hit “Atropelamento e Fuga” nas rádios. Foi meu primeiro trabalho como produtor
e continuei a produzir, a tocar guitarra em bandas como o Lagoa 66 (aquela da Mulher do Canadá), e com o “Rock Memory”, banda de covers da época que existe ate hoje! A idéia era tirar as musicas na pinta a executar com os mesmo timbres, frases, viradas de batera, tudo igual a gravaçao original mesmo! Minha pedaleira era gigante! Era muito legal, só tocávamos som gringo e foi uma grande escola tirar solos cabeludos de grandes guitarristas! Todos na banda cantavam e faziam back vocals, desde ZZ Top a Supertramp, Rainbow a Depeche Mode, Wonders, Van Hallen, etc…

– De que forma o trabalho do Charlie Brown chegou até você e como foi o processo até a gravação do “Transpiração Contínua Prolongada”?
TP: Eu era casado na época, em 95, trabalhava muito com publicidade, tinha cansado um pouco de mexer com banda e com a industria fonografica. Minha cunhada um dia trouxe o namorado dela em casa, era o Champ! Saquei o moleque, ficamos amigos apesar dele ter 17 anos e eu 37. Ele me mostrou uma demo da banda dele, o “Charlie Brown Jr”, eram uns caras tocando bem pra caralho, num som que cheirava Suicidal Tendencies com um cara cantando num ingles macarrônico, não dava pra entender nada!
As músicas eram meio sem pé nem cabeça, mas vi que tinha alguma coisa ali e fiquei com a fita cassete.
Nessa mesma época, o Rick Bonadio, que eu nem conhecia ainda, me ligou dizendo que era produtor dos Mamonas Assasinas, banda que também nunca tinha ouvido falar, me chamando pra conversar sobre o Lagoa 66. Ele era fã do Lagoa 66, ia em muitos shows nossos no Aeroanta, Damachoc, casas de shows da época, e tinha a intenção de gravar um disco com o Lagoa e oferecer pra EMI. Eu disse: “Rick, a banda acabou faz quatro anos, nao temos mais, já era cara!” Ele insistiu no lance e eu acabei indo atras da banda. Juntei quase todo mundo. resumindo gravamos o cd “Agora Sai” pela EMI, produzido pelo Rick… a idéia era gravar e abrir os shows dos Mamonas, que ja era sucesso em 96 e tinha a mesma veia poética do Lagoa, meio engraçado, meio corrosivo e uma puta sonzera vindo atras. Foi uma época boa em que éramos muito amigos, tinhamos uma certa cumplicidade nos trabalhos e nessa amizade. Aí, os Mamonas morreram naquele desastre horrivel e o projeto foi meio que deixado de lado por todo mundo, produtor, gravadora e banda.
Enquanto isso rolava, marquei uma reunião com o Charlie Brown em casa, a pedido do Champignon. Ficamos muito amigos, muito mesmo. Como primeira experiência, resolvemos então gravar umas músicas em um estudio que eu tinha na mão, mas o som ainda tava muito pesado e o Chorão só gritava! Mas era tao bom interagir com eles no meu dia a dia, era tudo que eu precisava pra ser feliz aquela época a. Trabalhar com uma banda em que eu poderia filtrar o trabalho e chegar a um resultado mais viável, comercialmente falando.
Conversávamos muito sobre o que a banda deveria fazer e em que eu poderia ajudar a evoluir! Achava a banda toda muito boa, mas pra conseguir algo no mercado brasileiro eles teriam que mudar o som drasticamente! Além de cantar em português, levar o som com duas guitarras conversando e não tocando a mesma coisa nas musicas.
O Chorão ouvia o disco do Lagoa, achava foda os temas, dava risada… eu dizia: “Porque você nao pega essa linha de raciocinio, conta sua vida e transforma em letras? Não se leve a sério e vai se divertir, caralho!” Entrávamos no ensaio e so saia coisa boa. O Marcão e o Thiago, dois monstros, largaram as Les paul e as SG, tiraram as Strato da gaveta e começaram meio que a funkear mais em cima das musicas novas ja cantadas em português… em duas semanas ja tínhamos “O Coro Vai Comê!”, “Gimme o Anel”, “Quinta Feira”, “Proibida Pra Mim” e outras que foram saindo. No final da demo tínhamos praticamente o disco todo na mão. Eles pegaram o que o Lagoa 66 fazia e fizeram dez vezes melhor!!!
O Rick, pelo seu sucesso com os Mamonas, foi convidado pela EMI pra ser o diretor artistico da Virgin, um selo da major.
Não pensei duas vezes, falei com ele sobre essa banda nova em que eu estava trabalhando algumas musicas e levei uma dat com “O Coro vai Comê” em duas versões. uma com quase 6 minutos e uma ja editada com 2,8 minutos. Tenho essas fitas dat ate hoje!
Tirei várias frases, partes que nao cabiam, trechos muito longos no geral e disse a ele: “Essa vai ser a primeira banda de rock que você vai lançar atraves da Virgin com sua direçao artistica e eu vou produzir!” O Rick ficou de cara com o potencial da banda, as musicas e falou: “Posso produzir com você?” Eu disse: “Claro! Melhor ainda, assim teremos mais controle e direçåo pra banda!”
Levei os caras na Virgin, conversamos bastante, entramos no estúdio dele na Serra da Cantareira e gravamos o Transpiração Contínua Prolongada.

– Entre 2003 e 2004, você participou da gravação do “Acústico MTV” e da turnê do mesmo, ambos como músico acompanhante. Conte um pouco pra gente sobre essa experiência.
TP: Foi muito legal, mas desgastante. Depois que fizemos o “Bocas Ordinárias” só com o Marcão nas guitarras. Com o sucesso do cd, o Chorão me perguntou o que eu achava da banda fazer um Acústico MTV… ele tinha sido convidado pela emissora e na época era um projeto muito valorizado pela mídia. Achei a ideia muito interessante, um Acústico gravado por uma banda que tinha como seu forte a pegada monstruosa em trio e já muitas musicas de sucesso!
Ele me perguntou se eu poderia produzir o DVD e o CD e ainda tocar com eles na formação, já que eram só três instrumentistas. “Entra com mais um violão, vai ficar o bicho”, disse ele! Eu pensei um pouco e alguns dias depois, eu topei o desafio. Começamos a ensaiar as músicas de mais sucesso da banda, outras lado b e algumas inéditas.
Descia todos os dias pra Santos e ensaiava exaustivamente com o Marcão. Dois violões tentando transpor tudo que era de guitarra pros moldes dos violões, só eu e ele. A banda entrou depois que tudo estava mais o menos definido em termos de arranjo. O Pelado e o Champ não mudaram quase nada das linhas de baixo e batera das musicas originais que a gente pretendia tocar. Foi um trabalho muito difícil pra mim e pro Marcão mas conseguimos com muito êxito.
Na gravação do DVD eu tinha que tocar, então precisava de um segundo Tadeu Patolla na unidade móvel – um caminhão estúdio muito bem equipado com equipos top de linha. Resolvi chamar o Paulinho Anhaia, velho amigo, tecnico de som muito do caralho e produtor também, pra ficar na unidade acompanhando a gravação que foi feita pelo meu engenheiro de som, Luiz Leme, que trabalha comigo ate hoje.
O áudio foi muito bem captado, aquilo que vocês vêem no DVD ou ouvem no CD Acústico MTV, é de verdade, nao tem overdubs, nem voz regravada e nem qualquer instrumento. É a vera mesmo! Nossa execução nas musicas foi beirando a perfeição, a performance do Chorão foi demais, ele tava muito bem! Os convidados muito bem escolhidos por nós e a mixagem que o Paulinho e eu fizemos, foi uma das melhores que ja participei, ou seja, tudo lindo e maravilhoso!!
Lançado o DVD, saímos em tour pelo Brasil, Europa, EUA e Japão, num esquema cinco estrelas! foda! Um ano e meio de shows lotados tanto aqui no Brasil, como lá fora! Conheci pessoas e vários lugares fantásticos, ficamos em hoteis incríveis na gringa, fomos muito bem recebidos pelos fãs brasileiros que moram fora e pelo publico de lá no geral, que por incrível que pareça, conhecia a banda. Fizemos um Rock in Rio Lisboa, abrimos pro Foo Fighters. Aqui em SP, tocamos pra 80 mil pessoas e abrimos para o Linkin Park no Estádio do Morumbi. Realmente foi demais essa experiência, nao só pra mim, mas pra todos os envolvidos na tour.

– Como era seu convívio com os integrantes do Charlie Brown, após a primeira mudança de formação em 2005? Chegaram a trabalhar juntos?
TP: Essa história é meio estranha até hoje… a banda estava com muitos problemas internos, Chorão tava brigando com todo mundo, tava numa fase de muita intransigência, gastando muita energia com coisas que nao faziam muito sentido. Era um saco! Nessas condições eu fui o primeiro a sair, nao aceitava mais ser mal tratado, preferi preservar a nossa amizade do que chegar ao extremo de nunca mais falar com o cara. Foi uma época difícil pra mim, depois de ter dado muito sangue pela banda. Depois disso, ele deu uma pirada monstra e mandou todo mundo embora, Marcão, Champ, Pelado, todos… e tambem eles não estavam mais aguentando o clima, tava difícil pra todo mundo.
O mais incrível, é que os caras saíram da banda numa segunda feira e no sábado próximo, tinha show marcado… como ele ia fazer ? O cara já estava ensaiando um outro Charlie Brown escondido de todo mundo com o Thiago, o Pinguim e o Heitor, a pelo menos três meses (risos)! Ele era muito foda, rock n roll pra caralho! (risos) Então, no sábado seguinte abriram-se as cortinas e tava lá a banda nova! O público não acreditou naquilo! O Heitor foi o que mais sofreu, por estar substituindo o Champ, que interagia muito com o Chorão nos shows e era muito querido do publico do CBJR!
Depois a galera se acostumou com a formação nova, que ja marcava a volta do Thiago, isso amenizou um pouco e foi ganhando força, pois a banda nova era tao impecável quanto! Eu nessa epoca, vendo aquilo fiquei inconformado com a atitude dele e nem cheguei perto, sumi por um tempo do Chorão e fui ajudar o Marcão com o TH6 e o Champ com o Revolucionnarios, produzindo as duas bandas nos seus primeiros e únicos discos de estreia, discos muito legais!
Pelado saiu fora e não quis saber mais de tocar com os caras. Hoje ele ta muito bem na Bola de Neve, achou uma boa opção pra poder se espiritualizar, ajudar as pessoas e a si mesmo. Pelado é um cara muito do bem e um amigo querido também!

– Recentemente você produziu alguns outros trabalhos, com artistas de nível nacional, como Strike e Projota, além muitos músicos independentes. Como é a rotina de um produtor, desde o primeiro contato do artista até o lançamento do projeto?
TP: Rotina nao existe! (risos)
Todo dia tem uma coisa nova, idéias novas, músicas que num dia são de um jeito e vão se aperfeiçoando, até a gente achar foda e imprimir da maneira ideal. É muito bom o primeiro contato com o artista, seja ele solo ou banda. Gosto de trabalhar com respeito mútuo e sempre contribuir musicalmente, artisticamente. Se o artista confia em você e você nele, o trabalho sai sempre bom. Com o Projota foi assim, com o Strike é assim, com o Aliados é assim. Eu tô lá pra ajudar com ideias, tocar junto, achar o groove certo pra música, ajudar nas composições, lapidar o trabalho e filtrar da melhor maneira. Esse é meu trabalho. Sem ego envolvido, sem milindre, falando a mesma lingua.
Sou muito pró ativo, falo o que acho e nao escondo por mais que doa, mas é sempre pro bem do artista. Na maioria das vezes dá tudo certo e sendo assim, ele artista, respeita a opinião e debatemos em pró da musica… o mais legal, é que se cria uma amizade e sempre a vontade de fazer mais do melhor que a banda tem pra oferecer! A gente trabalha com argumentos e o argumento mais forte ganha sempre em cada quesito da produção de um disco. Argumento, confiança, amizade e muita musicalidade!

– Quais bandas da cena independente você indicaria pra galera ouvir?
TP: Existem várias bandas boas surgindo nesse mercado falido que se encontra o rock hoje em dia, infelizmente… mas gosto de alguma coisa que o Scalene faz, Supercombo, Far From Alaska, Mahalo e outras que nem lembro agora. O mercado tá muito diluido, tem muita banda boa que nem saiu do quarto ainda e a gente nem sabe. Parece que a mídia rompeu com o rock e faz um tempo já isso. Sem esse apoio, nao sei se conseguiremos levantar a cena que hoje esta tomada por artistas de outros segmentos no minimo medíocres, do meu ponto de vista. Não estou generalizando, mas tem gente aí que que não da, né…. artista fabricado por programa de televisao não rola, é esquecido, dura enquanto o programa estiver na tela.
Por outro lado vejo que as bandas de rock nao tem outra opção de surgir do nada hoje em dia. Vida de roqueiro tá difícil! De junho de 2015 pra cá, gravei e produzi mais de 30 bandas, duas musicas de cada banda! Bandas boas mas sem condiçoes de ter uma midia descente vinda do meio musical, eles tem que fazer tudo, desde a inserção na web ate se vender em shows. Não tem apoio cultural nenhum e vivem numa era de publico descompromissado com o segmento do rock. O ouvinte de hoje tem a musica do Luan Santana e a do Metallica no mesmo playlist…
Isso se consolidou mesmo apos a morte do Chorão e o fim do CBJR. Nunca mais eu vi um cara front man do rock aqui no Brasil mandando como o “Gordão” mandava. Ele falava o que vinha na cabeça, agia como um louco! Isso é rocknroll! Não tava nem aí pra ninguém, foda-se!
Hoje a coisa ta muito chata, burocrática demais, os vocalistas de bandas são politicamente corretos. Falta atitude, falta improviso, falta malandragem e falta mandada! Até aparecer um que preencha esses requisitos do rock, estaremos na roça! O rock no Brasil precisa urgentemente disso: atitude, coragem, poesia, verdade nas letras e nao esse mimimi que rola hoje! E tenho dito! (risos)

– Obrigado pelo papo, Tadeu! Finalizando, deixe um recado pra Família 013!
TP: Queria agradecer o carinho que a Família 013 sempre teve por mim e o reconhecimento pelo meu trabalho com o CBJR. Foram 6 discos, dois DVDs, 8 discos de ouro, 5 de platina, todos feitos com muito carinho e amizade… e também o ultimo disco em 2013, esse póstumo. A gente tava gravando e o Chorão já nao estava mais com a gente, tinha muita musica no “La Família” que ele só tinha gravado a voz guia. Outras eu e o Thiago desmontamos e reconstruímos novamente no estúdio.
Foi um trabalho árduo e muito emocionante… chorei a beça mixando esse CD, editando as vozes do Chorão de madrugada pensando: “Será que ele iria gostar desse jeito?” Havia horas que eu podia sentir a presença dele quando estava mexendo nas vozes, descobrindo os planos de guitarra do Thiago e do Marcão, e gravando com o Champ os baixos que nao estavam do jeito que a gente queria ainda, como eu colocaria a bateria do Graveto, mais presente, mais grave, etc… posso dizer que eu abri essa tampa e a fechei quando acabou!
E o mérito é da banda! Sempre foi!A gente que é produtor, sabe que quando uma banda vem pronta, só se precisa complementar as idéias, decifrar a idéia do artista e achar os planos e a atmosfera certos pra soar fudidamente bom num CD! Então a minha gratidão aos fãs do CBJR por sempre me darem aquela força pra continuar a produzir, confiar no meu trabalho com as outras bandas que produzo e a fazer o melhor sempre! Muito obrigado!

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